Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva obteve nesta terça-feira, 4, duas importantes vitórias jurídicas no Supremo Tribunal Federal (STF). 

Na primeira delas, por 2 votos a 1, a Segunda Turma do STF concedeu a Lula acesso a todos os documentos usados no acordo da Odebrecht que interessem à defesa do ex-presidente. Incluindo documentos dos Estados Unidos e da Suíça. A decisão inclui acesso aos sistemas Drousys e MyWebDay, os sistemas de contabilidade utilizados pela Odebrecht e que apenas os procuradores do MPF tinham acesso. 

A vitória na Segunda Turma foi obtida com os votos de Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Edson Fachin foi o grande derrotado e votou pela manutenção de uma decisão do ano passado que dava a Lula acesso restrito ao acordo.

A segunda decisão favorável ao ex-presidente foi a retirada de trecho da delação do ex-ministro Antonio Palocci da ação em que Lula é acusado de receber imóvel de R$ 12 milhões da Odebrecht para sediar o Instituto Lula. A retirada da delação de Palocci foi determinadas pelos ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, com o voto contrário do ministro Edson Fachin. 

A inclusão do depoimento do ex-ministro da Fazenda e a retirada do sigilo, seis dias antes do primeiro turno das eleições de 2018, representou um indício da parcialidade de Sergio Moro, que determinou as medidas.

Delação foi usada para intervir na eleição

No julgamento o ministro Ricardo Lewandowski fez questionamentos duríssimos ao ex-juiz da Lava Jato.

O ministro Lewandowski fez um voto duríssimo contra o ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça Sergio Moro em julgamento na tarde desta terça-feira (4) em que a defesa do ex-presidente Lula obteve duas vitórias.

Em seu posicionamento, Lewandowski questionou por que Sergio Moro, como juiz federal, segurou a delação de Palocci por três meses e decidiu vazá-la uma semana antes da eleição presidencial de 2018.

Com informações do Brasil 247