Foto: Gui Frodu/ Comunicação do Levante

As famílias brasileiras estão indignadas com as quase 600 mil mortes provocadas no genocídio de Bolsonaro e, agora, ainda mais consternadas com as revelações da política de morte da PreventSenior. Atos em todo país pedem o impeachment do presidente neste sábado, 02

Nesta quinta-feira, 30, o Levante Popular da Juventude foi até a sede da empresa Prevent Senior, localizada na cidade de São Paulo, denunciar o sangue derramado nas mortes que poderiam ter sido evitadas, se não fosse o negacionismo e a política de morte do governo Bolsonaro.

Vivemos um dos momentos mais tristes da história de nosso país: uma pandemia que já matou mais de 600 mil brasileiras e brasileiros, aumento do desemprego, volta da fome, crescimento da violência e falta de oportunidades para a juventude. Diante desse cenário, a CPI da Covid, que investiga a condução do governo federal no combate à pandemia, teve acesso a um dossiê de médicos da empresa privada e operadora de saúde, Prevent Senior, que denuncia diversas atuações ilegais no cuidado de pacientes com Covid-19 internados nos hospitais da rede.

Segundo a denúncia na CPI, diretores executivos da empresa orientavam e pressionavam médicos para tratamento dos pacientes com medicamentos comprovadamente ineficazes, como hidroxicloroquina, ivermectina e tratamento com ozônio – que é proibido pelo conselho nacional de medicina – utilizando pacientes como cobaia sem a permissão destes ou deus seus familiares. As denúncias relatam também que os trabalhadores dos hospitais eram orientados a atuar sem equipamentos de proteção individual mesmo que estivessem contaminados pelo vírus.

Não bastasse, a empresa orientava a redução do fluxo dos respiradores de oxigênio dos pacientes em terapia intensiva, seu motivo está sintetizado nesta frase: “óbito também é alta”, que costumava ser repetida na empresa.

A morte das pessoas significava apenas uma liberação de espaço em UTI para novos pacientes. Há ainda informações e provas de que a empresa manipulava o prontuário médico e o atestado de óbito de seus pacientes, não constando como causa da morte as consequências de Covid-19.

“Manchamos a Prevent Senior com tinta vermelha e espalhamos os dólares de Bolsonaro para denunciar aqueles que eles lucraram com a morte de milhares de pessoas. A empresa fez tudo isso com apoio do Governo Federal, pois tinha relação direta com o gabinete paralelo, que organizou esquemas de corrupção na compra de vacinas da Covaxin e que estimula instituições que fomentam o uso do Kit Covid”, afirma Julia Aguiar, da coordenação nacional do Levante Popular da Juventude e também vice-presidenta da União Nacional dos Estudantes.

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A denúncia feita na CPI da covid escancara a intenção por parte do governo de reforçar Fake News sobre a eficácia desses medicamentos, a fim de criar certo clima de segurança nas pessoas para saírem às ruas, reduzindo o impacto da pandemia na economia. Trata-se de um acordo com licença entre a empresa e o governo federal, não podemos esquecer, por exemplo, que Flávio Bolsonaro chegou a elogiar o tratamento ineficaz da Prevent em suas redes sociais, afirmando que o SUS deveria adotá-los.

“Desta forma, escrachamos a Prevent Senior e o governo Bolsonaro por acreditar numa saúde que cuida e prioriza a vida do povo brasileiro, que tenha como base a ciência e que seja pública e universal. A falácia de que a privatização de serviços essenciais para o povo seria a solução é dia após dia derrubada”, explica a nota emitida pelo Levante. “Exigimos que a empresa Prevent Senior e o Governo Bolsonaro sejam responsabilizados! Viva o SUS! Fora Bolsonaro!”, conclui o comunicado.

Do Levante Popular da Juventude.