Gilmar Mendes: R$ 2 bilhões iam ficar na Fundação Dallagnol
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes concedeu, nesta segunda-feira, 13, uma entrevista ao site Opera Mundi, sob o comando do jornalista Breno Altman. Nela, entre outros temas, o ministro da Suprema Corte avaliou a deterioração causada pela Lava Jato no sistema de justiça.
“Combatentes de corrupção que, ironicamente, gostavam muito de dinheiro”, dispara Gilmar em referência aos coordenadores da Lava Jato. “A toda hora se alardeia que a Operação Lava Jato recuperou R$ 4 bilhões, mas R$ 2 bilhões iam ficar na Fundação Dallagnol. Nunca vi um advogado cobrar 50% de taxa de êxito. Isso é preocupante e chocante e deve ser corrigido”, aponta.
Assista na íntegra à entrevista:
O ministro concluiu que “o Brasil precisa repensar seu sistema de justiça”, pois, com esses dois processos, o país se aproximou de um modelo autoritário, segundo ele.
“Acho que nunca estivemos tão próximos a um modelo autoritário nos nossos 30 anos de democracia como na época da ‘República de Curitiba’, em que o juiz Sérgio Moro sempre tinha soluções heterodoxas. A concentração da Operação Lava Jato em Curitiba se revelou um grande equívoco porque empoderou um grupo que operava de maneira consertada”, defendeu Mendes.
Com informações do OperaMundi.