Governo acelera privatização dos Correios e sociedade intensifica mobilizações
O governo Bolsonaro está acelerando a venda de 100% do capital dos Correios, após cogitar fatiar a estatal e vende-la de forma gradual. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), pretende concluir entre julho e agosto a votação do projeto de lei que libera a venda.
Se passar, uma única empresa poderá levar, de uma tacada só, o serviço de entregas em todo o país. Mas a criação de um monopólio privado é apenas um dos problemas gerados pela privatização dos Correios.
Sem a gestão estatal, o preço do frete vai ficar mais caro e menos acessível para a população e aos pequenos negócios. Nas mãos de uma empresa privada, que visa exclusivamente o lucro, o serviço terá menor cobertura em território nacional, sobretudo nos rincões do país, onde o acesso é mais demorado. Por fim, existe ainda o risco de precarização do trabalho.
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Os Correios são uma empresa lucrativa. Em 31 de maio, o relatório do Conselho de Administração dos Correios apontou que a empresa apresentou lucro líquido de R$ 1,53 bilhão – maior resultado nos últimos 10 anos.
Em nota, o Executivo destacou ainda “outros indicadores financeiros importantes”, como o crescimento de 84% em relação ao ano de 2019 no patrimônio líquido dos Correios, totalizando, aproximadamente, R$ 950 milhões.
O único motivo para a venda dos Correios é a necessidade de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes cumprirem com sua promessa de entrega do patrimônio do povo para empresas privadas. Não podemos aceitar. Não à privatização dos Correios!