Arte Gladson Targa / Comitê Nacional Lula Livre

A greve dos 12 mil trabalhadores do setor elétrico entrou, nesta quarta-feira, 16, em seu segundo dia muito forte, com trabalhadores varando a madrugada para manter a mobilização, porque que hoje é o dia em que está marcada a votação da MP 1031, que privatiza a Eletrobras.

Além da mobilização nas empresas, em Brasília, dirigentes da FNU, CNU, CNE e sindicatos estão no corpo-a-corpo e em reuniões com os senadores. A pressão não para!

Na tarde desta terça, 15, dirigentes estiveram reunidos com os senadores Renan Calheiros, Lídice da Mata e Weverton Rocha em uma articulação para barrar o processo de privatização da Eletrobras. Também participaram da reunião os deputados Isnaldo Bulhões e Paulão, de Alagoas. Entre os dirigentes presentes, estavam: Fabíola Latino Antezana (CNU e Stiu-DF), Emanuel Mendes pelo Sintergia-RJ, Wellington Diniz (urbanitários Maranhão), Dafne Orion e Lucas Nascimento (urbanitários Alagoas).

Pressione agora!

Além da pressão em Brasília, os dirigentes em seus estados estão percorrendo as bases para enfatizar com os trabalhadores a importância da luta e incentivar que todos fazem pressão junto aos senadores, por meio das redes sociais e pela ferramenta Na Pressão (clique aqui), por onde podem ser enviadas mensagens pelo WhatsApp e emails.

O presidente da FNU, Pedro Blois, esteve nesta manhã, na sede da Eletronorte, em Belém, onde ressaltou aos trabalhadores sobre a importância do movimento, não apenas para os próprios trabalhadores, mas para toda a população brasileira. “É pelo nosso país, pela soberania nacional, contra o entreguismo, que estamos lutando e não vamos esmorecer!”, afirmou Blois.

Privatização vai custar R$ 400bi ao consumidor, aponta estudo

As duas principais federações industriais do país alertam que as mudanças elevarão as tarifas de energia, onerando o consumidor. A Fiesp estima que a privatização custará R$ 400 bilhões ao consumidor e prejudicará a realização de leilões de geração.

“O maior impacto será de mais de R$ 300 bilhões nas contas de luz em 30 anos. No passado, com o fim da amortização da dívida de boa parte das usinas, o custo da energia caiu para R$ 100/MWh. Pela MP, passará a mais de R$ 200/MWh, o preço de mercado”, adverte a Federação da Indústria do Estado de São Paulo.

Da FNU, com informações do Congresso em Foco.