Lula em agradecimento a todos que lutaram por sua Liberdade: “A verdade venceu!”
Depois de terem sido anulados os processos da Lava Jato, e com o ex-juiz Sergio Moro a caminho da suspeição, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em pronunciamento nesta quarta-feira (10), que não guarda ressentimento, apesar da “maior mentira jurídica contada nesse país em 500 anos de história”. Ele agradeceu o apoio dos movimentos sociais, dos sindicatos, das lideranças políticas nacionais e internacionais e das pessoas que acreditaram na sua inocência. Prestou solidariedade às famílias das mais de 260 mil vítimas da pandemia. E saudou os “guerreiros e guerreiras do SUS”.
::: Assista novamente à íntegra do pronunciamento (clique aqui) :::
“Se tem um brasileiro que tem razão de ter muitas e profundas mágoas, sou eu. Mas não tenho. Porque o sofrimento que o povo brasileiro está passando, o sofrimento que as pessoas pobres estão passando, é infinitamente maior do que qualquer crime que cometeram contra mim”, afirmou o ex-presidente, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo.
Além da “dor da fome”, que assola a população, em função da inflação dos alimentos, Lula também destacou o avanço do desemprego. Também disse que sua dor não é comparável às das famílias que perderam seus entes queridos sem se quer poderem se despedir.
Lula fez a defesa do SUS, e criticou o governo Bolsonaro, “um verdadeiro desgoverno”, por retirar recursos da Saúde. Também disse que a vacina não depende de dinheiro, mas “do amor à vida”. Também criticou o atual presidente pelos esforços para a liberação das armas.
“Por isso quero prestar minha homenagem às vítimas e aos familiares das vítimas do coronavírus. E ao pessoal da saúde, da rede pública e privada. Sobretudo, aos heróis e heroínas do SUS, que durante tanto tempo foram descredenciados politicamente. Mas quando veio o coronavírus, se não fosse o SUS, teríamos perdido muito mais gente”.
Hora da verdade
Lula também destacou a hipocrisia da imprensa, que segue desacreditando a veracidade das mensagens trazidas à tona pela Vaza Jato e, principalmente, pela Operação Spoofing, que revelaram o conluio entre Moro e os procuradores. Desse mecanismo, também participaram jornalistas dos principais veículos de imprensa, como os jornais Folha S.Paulo, O Estado de S. Paulo, as revistas Veja, Época e Isto É, e a Rede Globo.
O intuito da estratégia baseada em vazamentos seletivos de acusações infundadas, segundo Lula, era impedi-lo de voltar à presidência. “Todo mundo se lembra quantas e quantas matérias do principal jornal da televisão aparecia um oleoduto saído dinheiro, para falar das denúncias dos procurados, sem nenhuma prova. Contra o Lula, não precisava provar que o documento tinha seriedade. Era preciso me destruir”, acusou.