Entenda o “relacionamento íntimo” entre os EUA e a Lava Jato
Em sequência de tuítes publicada na manhã desta quarta-feira, 15, o ex-presidente Lula detalha o “relacionamento íntimo” entre procuradores da Lava Jato e órgãos de investigação dos EUA, como o FBI, no conluio que levou à sua condenação pelo ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, Sérgio Moro.
“Esse é Kenneth Blanco, um procurador norte-americano, em uma conferência em Nova York, em 2017. Aqui ele explica a “teoria da conspiração” da colaboração entre Lava Jato e o Departamento de Justiça dos EUA. Um “relacionamento íntimo”, que desprezava “procedimentos formais”, tuita o perfil oficial do ex-presidente ao compartilhar um vídeo em que Blanco fala da cooperação com promotores brasileiros.
“Assim é difícil imaginar uma relação de cooperação melhor na história recente do que temos entre o Departamento de Justiça dos EUA e o Brasil”, diz ele, citando nominalmente o processo contra o ex-presidente Lula.
A sequência ainda cita o questionamento feito por parlamentares democratas ao secretário de Justiça dos EUA, William Barr, sobre a parceria que nunca teve resposta.
“Anos mais tarde, o Intercept revelaria os diálogos dos procuradores da Força Tarefa da Lava Jato confirmando a atuação do FBI e do DOJ em solo brasileiro”, diz o perfil do ex-presidente, compartilhando reportagem recente da Vaza Jato sobre o tema.
O ex-presidente ainda divulga a íntegra do pedido de habeas corpus protocolado junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) que pede a anulação dos processos contra Lula.
“O Habeas Corpus apresentado pela defesa de Lula não se baseia nas revelações do site The Intercept. Ele foi apresentado ainda no ano passado com diversos fatos públicos e incontestáveis que já provavam então a parcialidade de Sérgio Moro e sua perseguição política contra Lula”, diz a apresentação do HC. “A verdade vencerá”, finaliza o ex-presidente na sequência.
Publicado originalmente na Revista Fórum.