A Polícia Militar entrou na manhã deste sábado (3) na plenária do encontro de mulheres do PSOL em São Paulo, pedindo documentos e dizendo estar “monitorando presentes”. “Até onde vai a sanha autoritária?”, questionou comunicado do partido nas redes sociais.

Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL, afirmou que o partido vai cobrar explicação do governador de São Paulo, João Doria, sobre a entrada da PM. “Não há qualquer justificativa para que a PM ‘monitore’ um evento partidário”, escreveu Medeiros.

“A Plenária de Mulheres é um evento preparatório ao Encontro Nacional de Mulheres do PSOL, que acontece há anos e elege o Setorial de Mulheres do partido. Evento político de caráter reservado às filiadas do PSOL, totalmente amparado pelo direito à livre organização partidária.

Não há qualquer justificativa para que a PM “monitore” um evento partidário. Esse gesto de intimidação é inaceitável. Não estamos mais na Ditadura Militar, quando o direito de reunião podia ser coibido. Vamos acionar todas as autoridades contra esse absurdo. Chega!

A PM deixou o local e a plenária segue sendo realizada. Nossas companheiras não aceitaram a intimidação. Ainda assim, consideramos o fato um grave atentado às liberdades democráticas. E tomaremos todas as medidas que estiverem ao nosso alcance”, afirmou o presidente do partido.

O partido recebeu várias manifestações de solidariedade pela violência sofrida. Pelo Twitter, João Pedro Stédile, da coordenação nacional do Movimento Sem Terra (MST) escreveu: “Nossa solidariedade às mulheres do PSOL que foram intimidadas pela PM do Dória, um Bolsonaro de Botox, que usa a repressão como prática e desmerece as organizações populares com seus despejos, proibição da feira nacional da reforma agrária e tentativa de intimidação policial.”

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