Nesta terça-feira, completam-se 500 dias da prisão política do ex-presidente Lula. A cada vazamento dos diálogos no Telegram entre o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, e os procuradores da Força-tarefa da Lava Jato de Curitiba, fica mais evidente o conluio montado por essa operação jurídico-policial.

O objetivo da Lava Jato nunca foi livrar a política brasileira da corrupção. Foi um processo montado para justificar o impeachment sem crime de responsabilidade de 2016 e a agenda reacionária e golpista. Por isso, sempre pouparam seus aliados de investigações sérias, como o ex-presidente tucano FHC.

Para ter êxito no seu objetivo reacionário, precisou condenar Lula sem provas, executar sua prisão política e retirá-lo da disputa presidencial do ano passado. Lembrando que ele liderava até então todas as pesquisas de opinião, apesar de toda campanha midiática contra o PT.

A retirada de Lula da disputa eleitoral esteve diretamente a serviço da eleição de um candidato afinado com o golpe parlamentar de 2016. Isso fica evidente nas sucessivas publicações do Intercept Brasil e de outros veículos de imprensa.

Moro, Dallagnol e outros procuradores de Curitiba atuaram diretamente para influenciar no resultado das eleições presidenciais: buscando evitar até entrevistas de Lula autorizadas pela justiça, quebrando sigilos bancários e telefônicos de forma ilegal e produzindo vazamentos de delações apenas para atingir o campanha do candidato do PT.

A atuação de Lava Jato ajudou diretamente na eleição de Bolsonaro, que retribuiu indicando Sérgio Moro para seu Ministério da Justiça, anunciando também sua intensão no futuro de indicá-lo para Supremo Tribunal Federal (STF).

A defesa dos direitos democráticos de Lula não se confunde com apoio político a ele ou ao projeto de conciliação de classes da direção do PT. Fomos oposição de esquerda aos governos petistas e apoiamos politicamente o PSOL.

Mesmo hoje, junto com o PT na oposição ao governo de extrema-direita de Bolsonaro, nunca deixamos de polemizar com a estratégia equivocada da direção deste partido. Como, por exemplo, no apoio que os governadores do PT (e de outros partidos de oposição) vêm dando a pontos fundamentais da reforma da Previdência deste governo.

Mas, infelizmente, o que setores da esquerda, inclusive do próprio PSOL, não entenderam até hoje é que a defesa dos direitos democráticos de Lula é uma obrigação de qualquer militante socialista. Pois, o que está em jogo é uma luta sem tréguas contra consolidação de uma escalada autoritária no regime político, defendida pelo atual governo de extrema-direita e os setores mais reacionários do poder judiciário.

Intensificar a campanha Lula Livre nas ruas

Os vazamentos que comprovam o conluio reacionário da operação Lava Jato, abrem um momento mais favorável para o desenvolvimento da campanha Lula Livre.

Diante deste cenário, o Esquerda Online renova seu compromisso com a construção e o fortalecimento da campanha Lula Livre: com o novo abaixo-assinado que pede a libertação de Lula diante das evidências da #Vazajato e com convocação das atividades de rua da campanha marcadas para o fim de semana de 31 de agosto e 1° de setembro.

Não há atalhos. Não devemos ter ilusões de que o STF liberte Lula sem uma grande pressão popular. Só a intensificação da nossa organização e luta poderá virar esse jogo a favor do povo trabalhador, da juventude e dos oprimidos.

Portanto, ao lado da luta em defesa da educação pública e da previdência social, devemos estar nas ruas exigindo a libertação imediata do ex-presidente Lula, a instalação de uma CPI no Congresso Nacional para investigar a #Vazajato e o afastamento de Moro do Ministério da Justiça.

Fora Moro
#LulaLivre
Derrotar o governo Bolsonaro nas ruas

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