Máquina de fakenews em ação

O Ministério Público Eleitoral (MPE) manifestou-se pela parcial procedência de uma representação contra o presidente Jair Bolsonaro por propaganda eleitoral antecipada. O órgão entendeu que, em fala feita durante visita ao Maranhão no dia 21 de maio, o chefe do Executivo federal atacou potenciais adversários nas eleições de 2022.

Em seu discurso, Bolsonaro demonstra temer a popularidade de Lula nas pesquisas em que este aparece como seu virtual oponente e ataca o ex-presidente.

O MPE aponta que a fala que cita “ladrão” foi “direcionada ao pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva, atualmente seu principal opositor à disputa do cargo de Presidente da República em 2022”.

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O órgão ainda diz que na oportunidade Bolsonaro “proferiu ofensa à honra de notório adversário […], o que configura propaganda eleitoral negativa”.

O MPE sugere a condenação de Bolsonaro à sanção de multa que pode variar de R$ 5 mil a R$ 25 mil, de acordo com a legislação eleitoral, como previsto no terceiro parágrafo do artigo 36 da lei eleitoral. A representação foi protocolada pelo PCdoB.

Arsenal de fakenews está apontado para Lula

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quinta-feira, 1, que haverá “problemas no Brasil” caso o voto impresso não passe a valer nas eleições nacionais de 2022.

Em conversa com apoiadores na porta do Palácio do Alvorada, o presidente disse que há uma articulação de três ministros do Supremo Tribunal Federal contra a proposta.

“Se não tiver [voto auditável], vai ter que ter uma maneira de ter eleições limpas, pois se não tiver vamos ter problemas. Eu estou me antecipando os problemas para o ano que vem”, declarou. “Tiraram o Lula da cadeia para ele ser eleito na fraude e isso não vai acontecer”, acrescentou.

“Como está aí a fraude está escancarada. Se essa articulação prosperar, esses três vão ter que apresentar outra maneira de termos eleições confiáveis com contagem. Não adianta vir com argumento de que é muito caro, porque dinheiro tem”, disse Bolsonaro.

Publicado originalmente na Coluna da Mônica Bergamo, com informações da CartaCapital.