Foto: Marinha do Brasil

A Editora Expressão Popular lançou o livro Operação Lava Jato: crime, devastação econômica e perseguição política. É um fiel retrato dos aspectos geopolíticos da Operação conduzida a partir da “República de Curitiba”, quadrilha que integravam o ex-juiz Sergio Moro, Deltan Dallagnol e outros procuradores. Um trabalho técnico e aprofundado feito pelo Dieese é o coração do livro. 

“Divulgue este livro! Estas informações não são para ficarem guardadas”, anuncia Antônio Alonso, um dos organizadores da obra, que ainda reúne o ex-presidente da Petrobras Sergio Gabrielli e o diretor do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Fausto Jr. 

“A gente viveu uma época de vale-tudo. O que este livro vem ajudar a esclarecer e difundir é que não valia tudo só contra Lula ou o Instituto Lula, valia tudo contra o Brasil”, indica Antônio Alonso, jornalista e diretor de memória do Instituto. É o que complementa o diretor técnico do Dieese Fausto Jr. Para ele há uma verdadeira “contrarrevolução civilizatória” com a Lava Jato.

“O que a gente assistiu recentemente com a Lava Jato foi uma enorme contrarrevolução do processo civilizatório, que vai em oposição a um modelo de desenvolvimento que vinha sendo implementado. A intenção deste livro é que a gente consiga de alguma forma jogar luz a todo esse processo, disputar a narrativa e recontar histórias, pois o Brasil sempre teve a tradição da História contada pelos detentores do poder”, explica Fausto.

Fausto explica que inclusive a situação das 500 mil vidas perdidas na pandemia de Covid-19 tem relação íntima com o processo iniciado com a Lava Jato. “É para que a população compreenda o fato de estar pagando quase R$ 6,00 no litro de combustível, o fato de estar pagando o botijão de gás acima de R$ 100,00, a garrafa de óleo soja estar custando quase R$ 10,00 tem a ver sim com a Lava Jato. A vida do brasileiro foi atingida efetivamente em seu cotidiano”, arremata.

De orgulho nacional a alvo estratégico internacional

Sérgio Gabrielli, ex-presidente da estatal, relembra a dimensão que atingiu a Petrobras dentro e fora do Brasil. Se desenvolveu a uma empresa de grande porte, alta tecnologia e papel estratégico.

“O que era a Petrobras? Se olharmos um pouquinho pra trás, a Petrobras era um orgulho nacional, as pessoas tinham orgulho de trabalhar na Petrobras, os brasileiros tinham orgulho da empresa, que era uma empresa tecnológica avançada, competente, capaz de entregar derivados de petróleo em qualquer lugar do Brasil. Que lutando bravamente com seus técnicos, conseguiu desenvolver a produção em águas profundas”, relembra Gabrielli.

Para ele, a Petrobras passa a viver três fenômenos: a descoberta do Pré-Sal, com a criação de um Fundo Social para que esta riqueza chegasse aos brasileiros; um grande volume de investimento na geração de energia, na petroquímica e estrutura relacionada aos derivados de petróleo para dar conta da demanda oriunda da retomada do crescimento econômico; o Brasil passa a uma posição respeitada no G20 e em sua agenda internacional, o que não passa desapercebido das grandes potências e corporações. 

Sergio Gabrielli explica que, assim como já aconteceu no Irã, no Egito, na Itália, na Argélia, o troco foi dado: transformando em centrais elementos de corrupção de agentes ligados ao setor de petróleo, ínfimos do ponto de vista relativo aos ganhos totais da empresa. 

“A Lava Jato faz uma operação que interessa aos grandes centros do capitalismo operacional, de desmontar o governo brasileiro, derrubar a presidenta Dilma de seu governo, desmontar a possibilidade de o Brasil controlar o Pré-Sal brasileiro, desmontar a empresa que virou uma das 10 maiores empresas do mundo. Essa empresa é pintada como um mar de corrupção, gerida por uma quadrilha, uma falsificação da realidade”, conclui.

A venda do livro Operação Lava Jato: crime, devastação econômica e perseguição política acontece no site da Editora Expressão Popular (clique aqui para adquirir!)