Bolsonaro ataca Júlio Lancellotti, mas não faz metade do trabalho do Padre na ajuda dos menos favorecidos
Na última terça-feira (25), Lula fez uma publicação em suas redes sociais de um encontro com o Padre Julio, na qual dizia que um dos seus maiores orgulhos de quando foi presidente é de que, todo ano, na semana anterior ao Natal, ele se encontrava com o padre em algum viaduto de São Paulo para participar do Natal dos Catadores.
Bolsonaro usa caso antigo para tentar desmoralizar o Padre Julio após encontro com Lula ao citar um fato ocorrido em 2004, quando o padre Julio Lancellotti disse ter sido extorquido por um ex-interno da antiga Febem (hoje Fundação Casa) Anderson Marcos Batista, na época com 25 anos.
De acordo com o padre, o ex-interno ameaçava procurar a imprensa para denunciá-lo por pedofilia, na qual o alvo do crime seria o enteado de Batista, de 8 anos. Lancellotti também disse que foi alvo de ameaças de agressão.
À época, o padre gravou as conversas nas quais era chantageado e as entregou à polícia, e afirmou que pagou por medo de ser agredido e por achar que pudesse “mudar as pessoas que o extorquiam”.
“Durante os oito anos da minha Presidência, todo 22 ou 23 de dezembro, a gente marcava e vinha aqui embaixo de algum viaduto em São Paulo pra participar do Natal dos Catadores. Isso é uma lembrança que marca minha vida e pra mim é motivo de muito orgulho”, disse Lula.
Em uma das fotos postadas por Lula, ele recebe uma bênção do padre. Ao final da mensagem, Lula diz: “Padre Julio, quero que você tenha certeza que vou ser um soldado da sua luta. Você pra mim é exemplo e motivo de orgulho”.
Diferente de Bolsonaro, que ganha a mídia mundial pelo descaso com o país durante a maior crise econômica e sanitária da história, Pe. Julio Lancellotti é internacionalmente conhecido pela sua obra de caridade junto a população de rua e menos favorecidos, acumulando dezenas de prêmios e honrarias de Direitos Humanos.