O ministro do Supremo Ricardo Lewandowski reiterou a resolução que dá acesso à defesa do ex-presidente Lula a todas as mensagens apreendidas pela Polícia Federal na Operação Spoofing, que confiscou o material de hackers cujo conteúdo são as mensagens de celulares de integrantes da Operação Lava Jato.

A Polícia Federal já tinha passado parte do material para a defesa de Lula, mas filtrado pelo uso de palavras-chave, o que não obedecia integralmente a decisão do STF.

Os advogados do ex-presidente estão em processo de análise das mensagens. Parte delas já foram reveladas pela série de reportagens  #VazaJato do Intercept e outros veículos de imprensa.

O entendimento é que as provas, embora não possam embasar acusações, são legais para o uso da defesa e demonstração de que houve ação combinada dos procuradores de Curitiba e do ex-juiz Sérgio Moro para condenar Lula sem provas.

O Habeas Corpus impetrado pela defesa deve ser analisado pelo STF, após mais de dois anos de pedido de vistas na Segunda Turma. Novas provas podem ser apensadas ao atual processo após análise do conteúdo agora liberado para a defesa.