Na semana passada, a Lava Jato do Rio de Janeiro fez uma operação contra o advogado de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cristiano Zanin, usando como pretexto serviços de advocacia legalmente prestados pelo seu escritório para a Fecomércio.

Na operação, foram capturadas provas importantes para a defesa do ex-presidente que influem no pedido de suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, como os arquivos que constavam as escutas ilegais feitas no dia 16 de março de 2016 pelo ex-ministro da justiça de Jair Bolsonaro. Faz parte destes documentos os fragmentos dos áudios que foram vazados de forma seletiva contra Lula, pois escondiam outras partes que mostravam que Lula aceitou ser ministro para tentar salvar o governo de Dilma Rousseff do golpe que estava em curso.

A tomada dos arquivos da defesa de Lula foi detonada na semana em que, após quase três anos da Lava Jato esconder os documentos, finalmente os advogados de Lula obtiveram acesso aos autos da leniência da Odebrecht nos quais há suspeitas de provas adulteradas e colaboração ilegal com autoridades norte-americanas.