Delações forçadas e sem provas contra Lula
“Eu duvido que o Moro tenha uma prova de um crime que eu tenha cometido. E eu tenho dezenas de provas da parcialidade dele.” – Luiz Inácio Lula da Silva
Domingo, o site Conjur revelou relatório da Polícia Federal e mostrou que a delação de Antonio Palocci contra Lula não tinha provas e era baseada em invenções em cima de notícias de jornal. Duas semanas atrás o Supremo Tribunal Federal decidiu que Moro usou a delação de Palocci para fins políticos, ao divulgá-la oito dias antes do primeiro turno das eleições de 2018.
Mais uma delação feita com alguém preso e forçado a inventar mentiras contra Lula. Antes de Palocci, a delação do ex-senador Delcídio do Amaral também tinha sido considerada sem provas pela justiça de Brasília e Lula foi inocentado no caso. O processo do tríplex é baseado em acusações, sem provas, de Léo Pinheiro que, preso por Moro, mudou seu depoimento duas vezes para ter sua delação aceita.
A prisão de pessoas para forçar delações seletivas já era tão descarada quatro anos atrás que até o Porta dos Fundos já fazia piada com o tema
LULA PARA PERNAMBUCO: “ESTÁ ACONTECENDO TUDO QUE ERA PREVISTO PELA MINHA DEFESA”
Em entrevista para a Rádio Folha de Pernambuco Lula apontou que, com o tempo, tudo que estava na defesa dele sobre delações falsas, parcialidade, ligações com os Estados Unidos na Lava Jato, entre outras alegações,tem se confirmado a cada dia.
CNMP ADIA PELA 41º VEZ PROCESSO CONTRA DALLAGNOL
Em 2016, Deltan Dallagnol e a Força tarefa da Lava Jato alugaram um salão caro em um hotel de luxo e chamaram a imprensa nacional e estrangeira para fazer uma acusação contra Lula em um Power Point, onde apontava o ex-presidente como chefe de uma quadrilha que fazia desvios na Petrobrás. Foi neste dia que Dallagnol disse que “não tinha provas, mas tinha convicção”
O caso não corria em Curitiba e Lula foi absolvido dessa acusação. Essa acusação não tem relação com o caso do tríplex, que por sua vez não era de Lula e não tinha relação com a Petrobrás.
Logo depois da coletiva, a defesa de Lula entrou no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para que fosse aberto um processo administrativo pela infração de acusar Lula por algo que não tinha relação com o trabalho da força tarefa.
Isso foi em 2016. Desde então, o julgamento do processo foi adiado 41 vezes pelo Conselho Nacional do Ministério Público. Com a demora, o caso pode prescrever agora em setembro, caso não seja aberto nas próximas sessões do CNMP. A defesa de Lula entrou no Supremo Tribunal Federal nesta quinta (20) para que o CNMP julgue o processo antes da prescrição.
O CNMP foi criado justamente durante o governo Lula.