O número de mortes e contágios por Covid-19 não param de crescer. Mas os números não são somente números, são vidas de pessoas amadas por alguém. A performance “Quem partiu é amor de alguém” nos faz questionar o porquê de tanta indignação quando os números assustadores vinham da Itália ou Espanha, mas quando a realidade bate na nossa porta, o ambiente de comoção coletiva e luto não parece ser o mesmo.

A vigília silenciosa “Quem partiu é amor de alguém”, realizada em Brasília, na segunda-feira, trouxe compaixão para com as pessoas que perderam seus entes queridos vítimas da Covid-19. A manifestação foi realizada na Catedral, na Esplanada dos Ministérios com intervenções de atores da cidade e projeção de imagens nos prédios. A peça artística teve direção de Hugo Rodas e José Regino. Foi o terceiro ato realizado pelo grupo.

Segundo os organizadores, a manifestação dessa segunda-feira faz parte de uma série de cinco performances. A atividade prestou homenagem a todos os profissionais da saúde. Participaram 120 performáticos, seguindo as medidas de segurança recomendadas pela OMS. O objetivo é afirmar que todas as vidas importam e de espalhar empatia, amor e afeto.

O primeiro ato, realizado dia 1º de junho, nos arredores da Rodoviária do Plano Piloto, foi em solidariedade às vítimas da Covid-19. O segundo, que ocupou a Praça do Museu da República no dia 8, reforçou o clamor pela manutenção do estado democrático, denunciou o racismo, o genocídio dos povos indígenas, aos descasos do governo federal frente à pandemia e a cultura nacional.