O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quinta-feira, 30), de ato em São Paulo promovido por judeus e judias de diversos coletivos da capital paulista.

Com o tema “Judias e Judeus com Lula pela Paz e Contra o Nazismo”, o encontro ocorre justamente na semana que marca os 75 anos da libertação do campo de concentração nazista de Auschwitz (Polônia).

Durante o evento, que contou com a presença de diversas lideranças petistas como Gleisi Hoffmann, Fernando Haddad, Clara Ant e Celso Amorim, também foi entregue uma carta de apoio e solidariedade ao ex-presidente assinada por mais de 450 integrantes da comunidade judaica.

O documento reafirma a luta contra a perseguição política que o levou ao cárcere e que ainda está em curso.

“Apoiamos o presidente Lula porque o vemos, antes de tudo como um democrata e uma pessoa que sempre lutou consistentemente por justiça social, igualdade e direitos humanos a todos os brasileiros e brasileiras”, diz trecho do documento.

Em seu discurso, Lula lembrou da solidariedade que teve durante os 580 dias em que foi sequestrado pela justiça por meio de uma farsa sem precedentes na história do país e agradeceu o apoio que se mantém firme e forte para que seja inocentado.

Lembrou também de quando esteve em Israel, em 2010, e se colocou à disposição para colaborar com os diálogos de paz na região.

“Historicamente nós sempre tivemos dois lados: queremos o estado de Israel e o estado Palestino”, reiterou o ex-presidente.

Com a habilidade que lhe é habitual, Lula também fez análise do atual cenário político mundial, criticou o tratado de paz proposto por Donald Trump para a região, as ameaças nazistas que rondam o Brasil a partir do governo claramente autoritário de Jair Bolsonaro e, mais uma vez, exaltou o poder absoluto do diálogo para resolver conflitos.

“Nenhuma guerra é vencida com intolerância. Nós amamos a liberdade, nós amamos a cultura, nós amamos a paz e é por isso que vamos continuar lutando”, finalizou.

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