Foto: Instituto Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta quinta-feira, 30, de ato em São Paulo promovido por judeus e judias de diversos coletivos. Com o tema “Judias e Judeus com Lula pela Paz e Contra o Nazismo”, o encontro ocorre na semana que marca os 75 anos da libertação do campo de concentração nazista de Auschwitz.

“Lula é uma figura central na luta pela democracia brasileira. Um verdadeiro democrata, que se preocupa com a justiça social, que lutou contra a desigualdade e nunca afrontou os Direitos Humanos, pelo contrário. É um progressista e a principal figura hoje que representa tudo isso pra lutar contra o governo Bolsonaro, que é o verdadeiro oposto de civilidade”, explica o músico Jean Goldenbaum, professor do Centro de Música da Universidade de Hannover, na Alemanha, e um dos organizadores do ato.

O evento, que acontece no Sindicato dos Químicos de São Paulo, terá falas de figuras da comunidade judaica de diferentes áreas do conhecimento, como educação, arte, cultura e poesia.

Durante o ato será entregue uma carta assinada por mais de 450 integrantes da comunidade judaica de apoio e solidariedade a Lula, contra a perseguição a que o ex-presidente vem sendo submetido, e que culminou em sua prisão política por 1 ano e 8 meses.

Plural

Para Jean, ao contrário do que muita gente pensa, a comunidade judaica é extremamente plural no mundo inteiro, mas principalmente no Brasil. “Nos EUA, ou na Alemanha etc. a grande maioria é de democratas. No Brasil ela é dividida meio a meio entre conservadores e progressistas. Mas a comunidade não apoiou Bolsonaro em peso como se diz”, afirma.

Segundo o organizador, os indicativos que o governo Bolsonaro é pautado por uma ideologia neofacista são muito claros entre os judeus que não apoiaram sua eleição. “Ninguém encara as recentes violações contra os direitos humanos pelo governo atual como surpresa. Agora, o vídeo feito pelo ex-secretário de Cultura, Roberto Alvim, rodou o mundo e chocou”, explica.

“Eu acredito que os judeus que apoiam o atual governo ficaram satisfeitos com a demissão do secretário pela referência óbvia ao nazismo, mas é óbvio que ele não era uma figura com ideias neonazistas isolada do restante da equipe. A demissão foi uma ilusão, porque ele foi escolhido pelo próprio Bolsonaro, que incita, ele mesmo, essas ações desde a campanha. Daí a necessidade de repudiar publicamente”, justifica.

Para o músico, essas ações de apoio a líderes progressistas e faz necessária, porque nem todos os judeus se sentem representados pelas entidades nacionais ou regionais que compõe a comunidade. “A comunidade judia progressista espera que seus líderes façam a resistência aos retrocessos e aos ataques a todo e qualquer tipo de direito humano, não só ao antissemitismo. É preciso lutar contra o genocídio indígena, lgbt, negro etc.”, explica. 

A atividade é aberta ao público.

Serviço

Local: Sindicato dos Químicos de São Paulo
Endereço: Rua Tamandaré, 348 – Liberdade – São Paulo
Horário: 19h

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