Uma semana em liberdade e Lula segue a todo vapor. Reuniões, cafés e conversas povoam a rotina do ex-presidente que garante que não vai descansar um minuto sequer enquanto o ministro e ex-juiz Sérgio Moro não seja considerado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e suas condenações sejam anuladas.

“Eu poderia ter ido a uma embaixada, eu poderia ter ido a um outro país, mas eu tomei a decisão de ir para a Polícia Federal, porque eu preciso provar que o Moro não era juiz, era um canalha que estava me julgando. Eu precisava provar que Dallagnol não representa o Ministério Público, que é uma instituição séria”, afirmou Lula durante o discurso, em São Bernardo do Campo.

Assista:

Segundo Ney Strozake, advogado e membro da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) a liberdade concedida a Lula não é definitiva, mas vale “até que seja possível julgar todos os recursos no STJ [Superior Tribunal de Justiça] e no STF. “Mas, por enquanto, não há no horizonte nenhum fato novo que justifique uma nova prisão de Lula”, pondera.

Histórico

A decisão do STF sobre a prisão em segunda instância não tem qualquer reflexo nas decisões da Justiça comum sobre as acusações que o ex-presidente enfrenta. Afeta apenas a possibilidade de o ex-presidente responder em liberdade, mesmo após a condenação em segunda instância

O habeas corpus que pede a suspeição de Moro é o que está mais adiantado no STF e deve ser julgado neste ano, conforme tem indicado o ministro Gilmar Mendes que pediu vista.

Na luta pela inocência

Em seu discurso no sindicato dos metalúrgicos, após deixar a prisão, o ex-presidente disse que pretende percorrer o Brasil para dialogar com a esquerda e continuar a luta pela sua inocência através da anulação dos julgamentos conduzidos pelo ex-juiz Sérgio Moro.

“O meu processo não é este que acabou por me libertar. O meu processo é o HC que corre no Supremo Tribunal [e que julgará a suspeição Moro] e tenho certeza que acabará por anular as sentenças”, afirmou em reunião com a direção executiva do PT, nesta quinta-feira, 14.

Para a defesa do ex-presidente, garantir o direito de Lula de responder em liberdade até o esgotamento de todos os recursos processuais é um primeiro passo. A Justiça só será integralmente cumprida apenas quando Luiz Inácio Lula da Silva tiver seus julgamentos anulados e sua inocência reconhecida publicamente.

“E eu, companheiros, quero que vocês saibam o seguinte: eu quero fazer um pronunciamento ao povo brasileiro dentro de uns 20 dias. Eu quero pensar, vou escrever, rabiscar”, afirmou Lula para a multidão presente em São Bernardo mostrando que, mais do que nunca, está na ativa e na luta.

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