Lula pede ao povo que se organize para evitar o desmonte do Brasil”, afirma Paulo Okamoto
O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, foi entrevistado pelo programa Manhã de Notícias, da Rádio Tiradentes, do Amazonas, na manhã desta quinta-feira (15). No dia anterior (14), a Câmara dos Deputados votou um projeto de lei que endurece as punições por abuso de autoridade. Sobre o tema, Okamotto afirmou ser necessária uma legislação que iniba as autoridades de tomarem decisões arbitrárias, como tem acontecido nos julgamentos de Lula.
“A casa de Lula e seus filhos foram alvo de busca e apreensão, o ex-presidente foi conduzido coercitivamente. O Instituto Lula teve seus bens bloqueados e foi multado em 15 milhões de reais — o que é impossível pagar. Isso é abuso de autoridade”, exemplificou.
Paulo Okamotto esteve com Lula há duas semanas, na sede da Polícia Federal em Curitiba. Da conversa com o ex-presidente, conta: “Lula está muito preocupado com a questão do desemprego, com o desmanche das políticas públicas, com a precarização dos direitos. Ele está pedindo ao povo, aos movimentos sociais e sindicais, que se organizem para evitar o desmonte do Brasil.”
O presidente do Instituto Lula ainda confirma que Lula tem clareza da farsa judicial inventada para condená-lo. “É parte de um projeto político para evitar que ele seja presidente e defenda um projeto de país mais igual e mais justo. Esse projeto venceu e deu nesse governo que estamos vendo.”
Quanto à defesa do ex-presidente, Okamotto diz que as expectativas são pela anulação do processo, e não pela progressão de pena para o semi-aberto. “Houve abuso e parcialidade do Ministério Público e do juiz, combinando o jogo e as provas. Não foi um julgamento justo. Foi como num jogo de futebol em que o juiz quer que um dos times ganhe.”
As denúncias de parcialidade, feitas pela defesa de Lula há muito tempo, ganharam provas com os vazamentos de mensagens envolvendo membros da Operação Lava Jato. Cada vez mais fica claro que Lula é vítima de perseguição. “A comunidade internacional também já percebeu a sacanagem. Na semana passada, 17 dos principais juristas do mundo enviaram uma carta ao Supremo Tribunal Federal pedindo a anulação desse processo, que é uma vergonha”, destaca Okamotto. Ele ainda lembra que a campanha Lula Livre está recolhendo assinaturas em um abaixo-assinado pela anulação dos julgamentos contra Lula, a ser entregue ao STF.
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