Dirigentes do partido PSUV da Venezuela recebem apoio internacional (Foto: PSUV)

Declaração Final aprovada no encerramento do 25º Encontro em Caracas, neste domingo, conclama à libertação do ex-presidente Lula

Deputados e senadores de diversos países estão na Venezuela para participar dos debates do foro de São Paulo, que acontece em Caracas de 25 a 28 de julho. Nesse sábado (27), 32 delegações de parlamentares participaram de uma sessão especial da Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela onde prestaram solidariedade ao povo e o governo desse país diante das ameças e agressões estrangeiras.

A senadora da Catalunha, Ana Surra, criticou o fato de alguns governo da Europa classificarem a Venezuela como uma “ditadura”. “Dizem que existe uma ditadura na Venezuela. Mas veja que na Espanha, o presidente do meu partido está preso por ter colocado urnas para que o povo catalão pudesse votar democraticamente, para definir sua autodeterminação ”.

O senador chileno Alessandro Navarro, falou sobre a resistência do setor chavista e suas vitórias eleitorais. “Aqui na Venezuela, em 20 anos, houve muitas vitórias do chavismo. Qual outro povo resistiu a um cerco tão forte? Esta é uma lição histórica para a Venezuela e para a América Latina. A Venezuela hoje necessita da solidariedade de todos”. O senador defendeu ainda “ações concretas a favor da Venezuela por parte de parlamentares estrangeiros e não apenas meras declarações de apoio”.

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Por sua parte, o parlamentar uruguaio Pablo González disse que os povos devem fazer suas próprias alianças e não depender dos governos de cada país. “Os povos devem estabelecer acordos sindicais e fazer o debate com consciência política para reverter a situação do avanço da direita na América Latina”.

A deputada boliviana Edith Mendoza também destacou necessidade da união dos povos. “Temos que passar do discurso à ação. A ação é a unidade dos povos. A Bolívia está com a Venezuela, de mãos dadas. Estivemos dormindo por mais de 500 anos, fomos pisados e discriminados. Mas, acordamos e graças a unidade da povo boliviano hoje temos um líder: Evo Morales. Evo é esperança”, afirmou a deputada.

Chavismo em marcha 

Durante a programação do Foro de São Paulo, as forças políticas da esquerda venezuelana saíram às ruas para marchar, em apoio às lutas internacionais dos povos e em defesa da Venezuela. 

Um dos venezuelanos que decidiu sair às ruas, Jorge Jinete, morador de Petare, um dos maiores bairros populares da grande Caracas, falou sobre unidade das lutas na região. “Hoje nossa luta é por todos os povos da América Latina, da Colômbia e do Equador, que também estão sofrendo, bem como a Guatemala, o Brasil, a Argentina e o Chile. Estou pronto para a batalha”, afirmou.

Já a dona de casa Nelly Arias, destacou a importância da solidariedade internacional para a Venezuela. “Nosso comandante Chávez nos deixou essa revolução, também apoiamos o Fórum de São Paulo, essas pessoas nos amam, que são estrangeiros e nos apoiam. Os agradecemos porque são contra uma intervenção em nosso país”, afirmou.

Preservar a paz na Venezuela e na região da América Latina e Caribe constitui hoje uma prioridade para os partidos e organizações políticas e sociais integrantes do Foro de São Paulo reunidos de 25 a 28 de julho, diz a Declaração Final aprovada no encerramento do 25º Encontro em Caracas, neste domingo, que também faz uma conclamação pela libertação do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.

O último dia do encontro também contou com uma grande homenagem ao ex-presidente Hugo Chávez, que completaria 65 anos no dia 28 de julho.