Milhares de professores e estudantes ocuparam as ruas na manhã de hoje, 15 de maio em protesto contra o corte dos recursos da educação. Há mais atos marcados para todo o dia de hoje. Em São Paulo o ato está marcado para as 14h, no Masp.

Nas redes sociais a hashtag #TsunamiDaEducação vai completar 24 horas como assunto mais comentado no Twitter.

A greve pela educação foi convocada por entidades nacionais como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) contra o contingenciamento na área anunciada por Jair Bolsonaro e o ministro da educação Abraham Weintraub.

Somente no período da manhã aconteceram assembleias, atos, paralisações nos 27 estados. Em Brasília os manifestantes reuniram mais de 60 mil pessoas na Esplanada, como o Para que também reuniu 60 mil no ato em Belém; Curitiba reuniu 20 mil; Belo Horizonte 50 mil; Salvador cerca de 80 mil. Goiás registrou atos em mais de 40 cidades e São Paulo mais de 60 cidades. Em Fortaleza, mais de 100 mil pessoas ocuparam as ruas.

Em alguns locais mesmo debaixo de chuva, como é o caso de Viçosa, em Minas Gerais, mais de dois mil estudantes ocupam a praça central da cidade. No Rio de Janeiro, também sob o mal tempo, a concentração começou no período da manhã no Largo do Machado e no Méier, além do centro da cidade.

Em Belém, os organizadores estimam o público em mais de 60 mil pessoas. A capital do Pará é a recordista de participação, mas Belo Horizonte já reúne mais de 50 mil pessoas entre a Praça da Estação e a Praça Sete. Estudantes e professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foram da Pampulha ao centro em marcha.

Salvador e Curitiba também não ficaram trás e reuniram grande público. A estimativa é que na capital baiana mais 20 mil pessoas estejam nas ruas, enquanto Curitiba os organizadores já contabilizam 20 mil. Há protestos também em outras cidades do Nordeste como Teresina, Caruaru e pelo interior de São Paulo, como Piracicaba, São Carlos e Campinas. E não deve parar por aí já que em varias cidades as manifestações estão marcadas para o turno da tarde. É o caso de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Florianópolis.

Pauta justa e necessária

Os atos são em defesa das universidades federais, da pesquisa científica e do investimento na educação básica e acontecem após o MEC (Ministério da Educação) anunciar um congelamento orçamentário que atinge recursos desde a educação infantil até a pós-graduação, com suspensão de bolsas de pesquisa oferecidas pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).

Pressão no Ministro da balbúrdia

Nas universidades federais, o bloqueio anunciado foi de 30% dos recursos destinados a gastos como água, luz e manutenção dos prédios. Convocado, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, deve comparecer hoje para prestar esclarecimentos sobre os cortes na Câmara.

Também houve registros de atos organizados por metalúrgicos, no ABC, Servidores Públicos em diferentes cidades e Petroleiros em São Paulo como atividade de construção da greve marcada para o dia 14 de junho, em todo o país.

Com informações da UNE, CUT e Frente Brasil Popular.