Okamotto: Há filhotes da Lava Jato espalhados e nosso papel é explicar para que nunca mais aconteça
A Campanha Lula Livre, que deu início e fomentou a criação de comitês populares em defesa da liberdade de Luiz Inácio Lula da Silva, está entrando em uma nova fase a partir deste mês, agora que o ex-presidente teve seus direitos políticos reestabelecidos e os processos movidos pelo ex-juiz Sergio Moro foram anulados pela Justiça.
Rebatizada como “Lula Livre Brasil Livre”, a campanha agora passa a ter, segundo seus organizadores, o “objetivo de fazer a disputa de projeto de nação”.
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Conforme se lê no site da campanha, “a proposta é trabalhar em torno de temas como Brasil Livre da fome, Brasil Livre do desemprego, das ameaças antidemocráticas e, principalmente, livre de [Jair] Bolsonaro, que não serve para governar o país”.
Paulo Okamotto, ex-presidente do Instituto Lula e membro da coordenação da Campanha Lula Livre Brasil Livre explica que a mobilização serve também para manter a vigilância sobre o sistema de Justiça brasileiro, suas decisões, seu eventual uso político a instrumentalização de seus institutos.
“O objetivo é estarmos vigilantes para que não haja nennhuma manobra judicial para impedir os diretos políticos do Lula”.
Okamotto afirma que “ainda há filhotes da operação Lava Jato espalhados por vários estados do país”. Por isso, ele resume: “Queremos divulgar e explicar – para que nunca mais aconteça – que a Operação Lava Jato foi feita para destruir o processo democrático e destruiu empregos, renda, empresas e a própria democracia”.
O Comitê mantém o acompanhamento em relação aos processos que envolvem o Lula e ainda seguem tramitando, “zelando pela conquista da liberdade e elegibilidade do ex-presidente. Por isso, a articulação vai continuar em “estado de alerta” para garantir que não haja nenhuma outra tentativa de perseguição a Lula, conforme descrevem seus organizadores.
Fazem parte do movimento: as duas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo; os partidos PT, PCdoB, PSOL; as centrais sindicais CUT, CTB e Intersindical, além do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, ativistas, artistas e lideranças inter-religiosas.
Do Brasil de Fato.