Advogados protocolam pedido de instauração de processo ético disciplinar para Moro
No dia em que o Tribunal Popular da lava jato vai se reunir novamente para discutir o fim da operação e as recentes decisões do STF, já antecipadas no julgamento simulado em 2017, o pedido realizado junto à OAB/PR é o de EXCLUSÃO de Sérgio Moro dos quadros da advocacia, por inidoneidade, conforme o previsto no inciso II, do artigo 38 da Lei 8906 – EOAB.
Assinada por 21 advogadas e advogados do CAAD, o pedido foi protocolado na madrugada de hoje, terça-feira, 04/05, dia em que se realizará, às 19h30, o reencontro do tribunal popular.
O fato será anunciado oficialmente na live que será transmitida ao vivo por 16 canais e veículos já confirmados até o momento, que terá a presença dos jurados técnicos e populares que participaram em 2017, bem como do ex-ministro da Justiça, Eugênio Aragão e do advogado criminalista Kakay, que foram responsáveis pela acusação e a defesa da operação.
O juiz aposentado Marcelo Tadeu Lemos de Oliveira, de Pernambuco, que presidiu o Tribunal Popular em 2017, é um dos 21 advogados que assinam o pedido contra Sérgio Moro, que tem, também, como subscritores, advogadas e advogados dos estados de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará e do Distrito Federal.
Tribunal Popular que condenou a Lava-Jato volta a se reunir nesta terça-feira, 4 anos depois, Acompanhe pelo face dos jornalistas livres.
O que o STF está decidindo agora, o Povo já julgou em 11 de agosto de 2017, em Curitiba.
O Tribunal Popular da lava jato, que condenou a operação 4 anos atras, volta a se reunir publicamente nesta terça-feira, 04 de maio, para discussão das recentes decisões do STF sobre a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro e o impedimento da 13ª Vara Federal de Curitiba.
Organizado pelo Coletivo Advogadas e Advogados pela Democracia – CAAD, além de artistas, representantes dos Povos Originários e Movimentos Sociais o Reencontro terá os mesmos juristas e juradas populares que sentenciaram os então “heróis nacionais” a:
“Duas penas restritivas de direitos estabelecendo um comparecimento, pelo período da existência da lava jato, aos seus partícipes a um processo terapêutico de identificação e autoconhecimento de modo a identificar onde errou, quais as razões que levaram a agir dessa maneira, com agressão à ordem jurídica nacional e internacional, que só num ambiente de processo terapêutico será capaz de identificar. Com periodicidade, com relatórios encaminhados à justiça, para tomar conhecimento da evolução do processo terapêutico. Pelo mesmo período, ficarão obrigados a comparecer nas comunidades do Movimento dos Trabalhadores sem Terra para que com eles aprendam a conhecer o Povo Brasileiro”.
Na época estes agentes públicos eram endeusados pela grande mídia do Brasil, e apoiados em seus crimes e ilegalidades por organizações estrangeiras com interesses estranhos ao País. O Tribunal Popular foi a forma que o CAAD encontrou para denunciar o que era evidente para quem conhece leis, mas propositalmente ignorado por estranhas conveniências, responsáveis pelo desastre que se abate sobre o país deste 2015.
No evento, transmitido pela internet, será anunciada a organização doTribunal Popular do Genocida, que colocará o governo Bolsonaro, suas políticas e seus ministros sob julgamento popular para apuração de sua responsabilidade direta no número de mortos no Brasil em função da pandemia por covid 19.
O CAAD convocará novamente os movimentos sociais e populares, as centrais sindicais, as lideranças indígenas e quilombolas, os coletivos e associações organizadas de juristas progressistas e os partidos políticos para participarem da construção deste novo Tribunal.