Foto: Câmara

Parlamentares da oposição protocolaram nesta quinta-feira, 12, na Câmara dos Deputados, um pedido de instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Vaza Jato para apurar a atuação do ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro, e do procurador Deltan Dallagnol.

O pedido se baseia na revelações trazidas pela série de reportagens feitas pelo The Intercept e parceria com outros veículos de comunicação que mostram mensagens trocadas que provam o conluio para fraude processual, manipulação de provas para condenar acusados, prevaricação com o uso das operações para lucro pessoal e anseios políticos.

Assinam o pedido os deputados André Figueiredo (PDT), Alessandro Molon (PSOL), Daniel Almeida (PCdoB), Ivan Valente (PSOL), Jandira Feghali (PCdoB), Orlando Silva (PCdoB), Paulo Pimenta (PT) e Tadeu Alencar (PT).

“O material que foi divulgado pelo Intercept mostra que houve uma flagrante violação aos procedimentos dos processos democráticos, do Estado democrático de direito. São ataques gravíssimos e nós temos que ver o alcance disso. Nem o que saiu até agora nem a declaração do Moro e do Dallagnol em nota são suficientes pra gente ter a dimensão do alcance dessa contaminação dos processos judiciais que tramitaram na Lava Jato. Então, a CPI vai ter esse objetivo”, explicou o presidente do Psol, Juliano Medeiros, em entrevista ao Brasil de Fato.

Os parlamentares acreditam que as revelações da Vaza Jato desnudaram as violações da República de Curitiba e a falsa fachada de combate à corrupção. Com isso, a força de Moro entre os parlamentares diminuiu no Congresso, onde viu seu pacote anticrime patinar. A apresentação do requerimento já é um reflexo disso, já que, segundo o regimento da Câmara, é necessário o apoio de um terço do total de deputados, o que corresponde a 171 assinaturas para o pedido de instauração da CPI, o que foi atingido pelo deputados rapidamente.

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