Grupos em todo o Brasil e no exterior foram às ruas defender o ex-presidente, preso político em Curitiba há quase 500 dias

Preso há quase 500 dias na sede da Polícia Federal, em Curitiba, Lula recebeu um grande reforço na luta pela sua liberdade. No último fim de semana, grupos em todo o Brasil foram às ruas dialogar com a população sobre os motivos políticos e as irregularidades nos processos que condenaram o ex-presidente.

Agendado sempre para o último fim de semana de cada mês, em julho o mutirão foi realizado neste sábado, 27, e o domingo, 28, mas teve início bem antes da data marcada. Alguns comitês marcaram atividades ainda na terça-feira, na intenção de aumentar o alcance dos argumentos, a população alcançada e estar em mais lugares ao mesmo tempo.

Instalado na ladeira no Bosque, o Comitê Popular Lula Livre, de Pindamonhangaba, é um desses casos. O grupo começou as ações do Mutirão na terça-feira, com a intenção descentralizar as atividades. “A cidade é grande, o que exige que façamos diálogos em diferentes regiões para realmente ampliar o diálogo”, explicar a aposentada Sivanilde Navarro Kogempa, do comitê local.

A aposentada conta que o comitê de Pinda tem intensificado as ações em mobilização pela liberdade do ex-presidente . No domingo, 28, duas faixas, com “Lula Livre” e “Lula Inocente”, foram exibidas na Rodovia Presidente Dutra. Durante a semana, eles lançaram livro, fizeram caminhada e mutirão de coleta de assinaturas para o abaixo-assinado.

O Comitê Lula Livre Mauro Chazanas, de São José dos Campos, também começou na sexta, véspera da data oficial, com o Sarau de Lançamento do livro Lula Livre,.

O comitê da Paraíba também antecipou o Mutirão para sexta-feira, 26, com Coleta de Assinaturas na Lagoa, em João Pessoa. Já no domingo, além de atividade na capital, aconteceram ações também em Campina Grande, Santa Rita, Juarez Távora, Jacaraú e Boa Vista.

Internacional

Ainda na sexta, o Comitê Parisiense de Solidariedade a Lula demostrou seu apoio em ato contra a perseguição a líderes colombianos de movimentos sociais. Além do protesto na Esplanada dos Direitos Humanos em Trocadéro, manifestações para denunciar os assassinatos massivos de lideranças dos movimentos sociais colombianos por grupos paramilitares ocorreram simultaneamente em toda a Colômbia e em mais 35 cidades espalhadas pelo mundo.

No ato em Paris, integrantes da comunidade colombiana, latino-americana, do Comitê MORENA França e da França Insubmissa denunciaram a prisão injusta de Lula e do risco autoritário pelo qual atravessa o Brasil, lembrando que a situação brasileira, de perseguição, prisão e assassinato de lideranças é semelhante ao que se observa na Colômbia e requer ações de união, solidariedade e a convergência de lutas entre os povos.

O Coletivo Regina de Sena México-Brasil Contra el Golpe participou, com panfletagem, faixas e cartazes da apresentação do Caetano Veloso no festival Cantares, na Cidade do México. No final do espetáculo, o cantor recebeu o grupo e tirou fotos com a faixa de Lula Livre, juntamente com seus filhos Moreno, Zeca e Tom.

Domingo

Além de todas as atividades realizadas no sábado pelo Brasil (Saiba. Leia mais aqui), no domingo, em Natal (RN), teve ato contra Bolsonaro e Intervenção Urbana Lula Livre, na Calçada do Shopping Midway, no bairro do Tirol, além de banquinha para Coleta de Assinaturas dos Abaixo Assinados; Panfletagem; Bandeirolas; Máscaras; Cordel Lula Inocente de Crispiniano Neto e Faixaço. O grupo já articulou as próximas ações. “Dia 31 de Julho, durante o Julho das Pretas, na Cidade da Criança, a partir das 14h, teremos mais um mutirão por assinaturas”, conta Aluízio Matias, do comitê local.

Na Avenida Rio Branco, no Recife Antigo, teve bandeiraço, panfletagem, abaixo-assinado, sarau de poesia e música durante todo o domingo.

Domingo foi dia recolher assinaturas na avenida Paulista (SP), no Lago Paranoá (DF) e Ceilândia (GO), na Chapada dos Veadeiros, em Resende (RJ), Porto Alegre e também dia de faixaço no Viaduto Leonel Brizola, em Salvador, em São Luís e mais outras 27 cidades. Em agosto, o STF deve retomar o julgamento de um HC da defesa de Lula, que começou a ser julgado antes do recesso de meio de ano, mas não foi concluído.

Confira:

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