“Triangulando” com Thelminha, Lula, Linn da Quebrada, Gil do Vigor e Celso Athayde discutem projeto de combate às desigualdades
Uma arena animada de debates conduzida por Thelminha de Assis com nomes que todo mundo já tava muito afim de ouvir, imagina juntos! O programa Triangulando começou sua nova temporada reunindo logo de cara o ex-presidente Lula, o economista Gil do Vigor, a artista trans Linn da Quebrada e o empresário e fundador da CUFA, Celso Athayde.
No centro das reflexões, a apresentadora questionava o cenário de desigualdades sociais persistente na História do Brasil. A partir daí, os debatedores e a debatedora se encontraram numa perspectiva comum: a defesa da educação como pilar de desenvolvimento de uma sociedade.
“A Soberania de uma nação é a qualidade da formação das pessoas”, sintetizou Lula em uma de suas falas. A memória e a gratidão às políticas educacionais inclusivas e afirmativas de uma outra História possível estiveram o tempo todo presente nas falas. A Prounista médica, preta, Thelminha de Assis, e o economista também formado por políticas de inclusão educacional de Lula, Gil do Vigor, agradeceram abertamente a quem chamaram de “presidente Lula”.
Linn da Quebrada atenta para a dívida histórica na educação, lembrando do fato de que para se estar nos espaços de educação à priori, no contexto de formação colonizada do Brasil, era levado em conta o número de pessoas escravizadas que aquela família possuía. Portanto, ao saber desta evidência, não é de se estranhar que hoje, “com todos estes desdobramentos, há essa resistência ao acesso das pessoas negras na universidade, que seja pelas cotas, uma ação que vem de encontro a essa dívida histórica”.
“Há um abismo social que precisamos diminuir e há uma história e memórias que precisam ser lembradas e que precisam ser trazidas à tona. E se, a verdade nos libertará, como o gil fala, não só porque conheceremos a verdade, mas também porque produziremos nossas próprias verdades, produziremos nossos próprios conhecimentos”, acrescenta a artista.
Gil, com uma linguagem animada que reafirma a necessidade de se falar de um jeito fácil, fez uma avaliação comparativa entre os tempos que vivemos hoje e um tempo em que os índices da economia estimulavam o povo a sonhar num futuro melhor.
“Pra ficar aqui registrado que o Brasil entrou nos BRICS. Eram alguns países que estavam em emergência. A gente tava emergindo, a gente tava vigorando, o Brasil tava regozijado. Os dados da economia brasileira há alguns anos atrás eram surreais, as perspectivas eram enormes”, relembra o economista, pós doutorando pela Universidade da Califórnia.
“Hoje a situação do Brasil é outra. O Brasil tá lascado, mas a gente não precisa estar lascado não. Porque eu tenho fé que a gente vai se regozijar, vai voltar”, avalia. A esperança, segundo Gil, vem do fortalecimento da educação: “Vai ser fazendo o básico porque o Brasil é um país incrível!”
E ele não deixa de mandar um recado direto para Lula, trazendo um novo vigor de esperança: Presidente Lula, regozije!P orque logo logo a gente vai se regozijar! Porque economia é alegria, é como o senhor falou uma vez, ‘economia não tem bicho de sete cabeças’.”