Os torcedores comparam Moro a juiz de futebol que joga em favor de uma das equipes em campo. “Um juiz que entra em campo com a camisa do time golpista, treina a equipe, faz a escalação, prende o craque rival no vestiário… ‘pode isso, STF?!’ Não pode! É um gol contra a democracia. A suspeição de Sérgio Moro, que ao apito final virou ministro de Bolsonaro com promessas de vaga no STF e remuneração inconstitucional, tem que ser julgada. Dallagnol tem que ser investigado”, defendem.

A crítica foi feita por um grupo de torcidas organizadas antifascistas que divulgou ontem (3) um manifesto pedindo justiça para o ex-presidente Lula. O documento foi lançado em razão da nova onda de mobilização lançada no sábado (1) pelo Comitê Lula Livre.

“Os torcedores e torcedoras que atuam nas arquibancadas e nas ruas em defesa da democracia se solidarizam com o presidente Lula e denunciam os crimes que estão sendo cometidos contra o estado democrático de direito. Lula foi condenado sem provas num julgamento injusto, em que a parcialidade e os abusos do então juiz Sérgio Moro e do Ministério Público Federal nesta operação estão amplamente documentados”, diz trecho do manifesto.

Para as torcidas, “apoiar Lula neste momento é apoiar a volta da normalidade democrática no país” e a única chance de “revogar as maldades que começaram no golpe” e terminaram em um “desgoverno genocida” que “nos levam a enterrar mais de 90 mil brasileiros”.

Assinam o manifesto: Anarcocomuna América-RJ; Bolche Fla; Botafogo Antifascista; Coletivo Democracia Corinthiana; Movimento Toda Poderosa Corinthiana; Porcomunas; Portuguesa Antifascista; Resistência Rubro Negra; Torcedores Pela Democracia; Tricolores de Esquerda; e Vascomunistas.