Cidadãos brasileiros de diversos movimento populares e entidades políticas que moram no exterior convocaram um ato mundial que acontecerá no próximo domingo (28/06) contra o presidente Jair Bolsonaro.

Segundo os organizadores, o Ato Mundial Stop Bolsonaro contará com manifestações em mais de 50 cidades de 24 países, contando com protestos de diferentes formas como concentrações de rua e até eventos virtuais, devido às restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus em algumas regiões.

O evento estava previsto para fevereiro deste ano, mas teve que ser adiado por conta da expansão da covid-19 a nível mundial. “Entendemos que não podemos mais protelar nosso protesto sob pena de se o fizermos, não restar mais Brasil para salvar das garras do monstro do Planalto”, garante o movimento pelas redes sociais.

Para Erica Caminha, brasileira que vive na Alemanha e é uma das organizadoras do ato na sua cidade, “a pandemia foi a gota d’água que faltava pra fazer transbordar o imenso sentimento de dor e revolta contra esse genocida e seus ministros irresponsáveis, que se elegeram às custas de fake news e discurso de ódio”.

“O genocídio indígena e negro, o desprezo pelo saber e pela arte, o fortalecimento das milícias, a devastação da natureza, o aumento da fome, a perseguição e muitas vezes assassinatos de líderes populares e, agora, o completo despreparo e desprezo pela vida e saúde dos brasileiros no que diz respeito à covid-19, são apenas alguns dos motivos que tornam fundamental esse ato do dia 28”, diz.

A ativista ainda afirma que “o momento para derrubar Bolsonaro é agora” e que é importante “chamar a atenção da comunidade internacional para o que está a se passar no Brasil”.

“Pela importância do Brasil, a queda do presidente pode ajudar a abalar as estruturas da extrema direita no mundo todo, isso também explica o apoio de grupos de direitos humanos, sindicatos, partidos, jornalistas, membros da sociedade civil, líderes religiosos, e outros que nos apoiam ao redor mundo”, afirma Erica.

A organizadora ainda explica que, para cidades onde há isolamento social por conta do coronavírus, “estamos elaborando um grande ato virtual, com lives, barulhaços, twitaços entre outras ações”. 

“Em conjunto com o Movimento #MulheresDerrubamBolsonaro foi criado um protocolo de segurança para quem participará de atos presenciais e ele está sendo distribuído a todos os organizadores para orientarem os participantes. Amanhã começamos a espalhar por todas as redes. Não tem desculpa para não participar. Não pode sair de casa, se manifeste nas redes. A hashtag #ForaBolsonaroMundial concentra nossas ações até o momento”, diz.

Além de vários movimentos populares e entidades ao reder do mundo, o Ato Mundial Stop Bolsonaro já conta com o apoio do Partido dos Trabalhadores (PT), que convocou a militância para participar das ” iniciativas no exterior em diálogo com o conjunto dos movimentos sociais e sindical que lutam por um mundo melhor e mais digno”.

A lista completa das cidades que receberão atos, bem como os eventos para as manifestações, podem ser encontrados no site do movimento e através de suas redes sociais.