Mais de 400 organizações e movimentos populares, além de juristas e personalidades políticas, endossam o pedido coletivo de impeachment

Mais de 400 entidades da sociedade civil, além de personalidades públicas como juristas e políticos e os partidos de oposição PT, PCdoB, PSOL, PCB, PCO, PSTU e UP, entregam às 11h desta quinta-feira, 21, um pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro à Câmara dos Deputados. Ele é acusado de cometer crimes de responsabilidade, atentar contra a saúde pública e arriscar a vida da população pelo comportamento à frente da pandemia do coronavírus, dentre outros crimes.

“Bolsonaro não tem condições políticas, administrativas e humanas de governar o Brasil. Briga com todo mundo o tempo inteiro e não protege o povo. Tem de ser impedido”, diz a presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR).

“Este pedido de impeachment não é mais um dos 30 que estão acumulados na Câmara. É o pedido mais amplo de todos que foram feitos até agora. Uma iniciativa de centenas de movimentos sociais, organizações comunitárias, de luta por moradia, movimento negro, feminista”, aponta Guilherme Boulos, coordenador nacional do MTST, que assina o pedido, e ex-candidato a presidente pelo PSOL.

Em nota assinada por sua presidenta Luciana Santos, o PCdoB afirma que a definição está em “sintonia com o sentimento e a convicção de grande parte da nação brasileira de que o presidente Jair Bolsonaro não tem mais condições de comandar o país”.

Entre as organizações que apoiam o pedido de afastamento do presidente estão o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, Associação Brasileira de Economistas pela Democracia, Central de Movimentos Populares, Marcha Mundial de Mulheres, Movimento das Mulheres Camponesas, Andes – Sindicato Nacional, Fasubra, Movimento Negro Unificado, Associação Brasileira de Travestis e Transexuais, além de juristas como Celso Antonio Bandeira de Melo, Lênio Streck, Pedro Serrano, Carol Proner e os ex-ministros da Justiça Tarso Genro, José Eduardo Cardozo e Eugênio Aragão.

Entre os argumentos para a instalação do processo contra Bolsonaro por crimes de responsabilidade estão citados no pedido a ser entregue ao presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) estão os discursos do presidente contra o STF, a convocação de empresários para a “guerra contra governadores” à frente da pandemia do coronavírus, o bloqueio da compra de respiradores e outros equipamentos de saúde por estados e municípios, o apoio à milícia paramilitar “Acampamento dos 300”, incitação de sublevação das Forças Armadas contra a democracia, além de pronunciamentos e atos durante a pandemia que configuram crimes contra a saúde pública.

Também estão na argumentação do pedido de impeachment os seus discursos atentando contra o Supremo Tribunal Federal, a convocação de empresários para a “guerra” contra governadores no meio da pandemia, o bloqueio da compra de respiradores e outros equipamentos de saúde por estados e municípios, o apoio à milícia paramilitar conhecido como “Acampamento dos 300”, a incitação de uma sublevação das Forças Armadas contra a democracia brasileira, além de seus pronunciamentos e atos durante a pandemia que configuram crimes contra a saúde pública.

É uma longa lista de crimes contra o livre exercício dos poderes constitucionais, contra o livre exercício dos direitos políticos, individuais e sociais, contra a segurança interna do país e contra a probidade administrativa.

Com informações do PT, do PSOL e do PCdoB.