O presidente da República participou de atos em Brasília, no último domingo, que exigiam a volta do Ato Institucional nº 5. Após mais este afronte por parte de Bolsonaro aos poderes constituídos, foram diversas as manifestações de repúdio e os pedidos de unidade em torno da defesa das instituições democráticas.

O ex-presidente Lula apontou que existem mecanismos constitucionais para que um presidente eleito seja impedido de conduzir o país “ao esfacelamento da democracia e a um genocídio da população”.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, do DEM, repudiou em nome da instituição “todo e qualquer ato que defenda a ditadura, atentando contra a Constituição”.

O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, também se manifestou em suas redes sociais numa sequência de tweetes em que exige “é preciso que Bolsonaro deixe o poder imediatamente, pelos meios constitucionais disponíveis, para que o Brasil não siga sob as ameaças de um genocida”.

Pelo, Partido dos Trabalhadores, a presidenta Gleisi Hoffman cobrou a reação imediata de todas as instituições, sob pena de se tornarem cúmplices” de Bolsonaro em seu desafio ao país e à Democracia. “Todos têm de reagir!”, conclamou Gleisi.

A presidenta do PCdoB, Luciana Santos, identifica que tanto Bolsonaro desrespeita as recomendações das autoridades sanitárias de todo o mundo, como afronta a Constituição Brasileira. “É um atentado à democracia, que não podemos tolerar”, repudia.

A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), emitiu nota em que repudia e condena a participação do presidente no ato de ontem. Para a associação, Bolsonaro “violou normas sanitárias de isolamento social como prevenção à propagação do novo coronavírus, atentou contra o fim do isolamento social”, bem como “estimula a quebra da institucionalidade democrática e compromete o livre exercício dos poderes”, ressalta.

Para Guilherme Boulos, dirigente do MTST, sobram motivos jurídicos para afastar Bolsonaro. “Tem que sair com urgência”, advertiu neste domingo em seu Twitter.