Foto: Projetemos

Convocada pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, além de artistas, estudantes, parlamentares e entidades ligadas a trabalhadores da saúde, a manifestação contra o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), teve o mote “O Brasil precisa parar Bolsonaro” e teve adesão de pessoas em todo o país. Esse é o 15º dia consecutivo que pessoas de diversas cidades demonstram a sua insatisfação com o governo federal. O protesto começou às 20h30.

O panelaço foi organizado em defesa da vida e contra a postura do presidente, que pode levar milhares de brasileiros à morte. Nesta terça-feira (31), a presidência tardou a sancionar o plano de renda mínima aprovado na noite de segunda (30) no Senado e que atenderá cerca de 30,5 milhões de pessoas afetadas pela crise do coronavírus.

As medidas do governo Bolsonaro vêm sendo duramente criticadas por movimentos populares. No domingo (29), o Bolsonaro caminhou pelo comércio do Distrito Federal e provocou aglomerações de pessoas dentro do grupo de risco, contrariando as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do próprio Ministério da Saúde. O vídeo com passeio foi excluído de suas redes sociais pelas plataformas do Twitter, Facebook e Instagram, por apresentar desinformação e dano real a vida das pessoas.

Desde o início da quarentena, panelaços e barulhaços de protesto ao governo têm sido recorrentes no Brasil, principalmente durante os pronunciamentos oficiais da presidência. Bolsonaro segue minimizando os riscos da crise, e na manhã desta terça (31), chegou a usar uma parte do pronunciamento do diretor-geral OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, descontextualizada, para justificar que trabalhadores informais deveriam continuar trabalhando. A Organização, no entanto, desmentiu a declaração.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil já somam 201 mortos e 5.717 casos confirmados do novo Covid-19.

Publicado originalmente no Brasil de Fato.