O encontro aconteceu hoje (13) em Roma e os dois líderes demonstraram preocupação com o aumento da desigualdade no mundo e em como estimular o engajamento de jovens com temas sociais e econômicos.
“Quando o Papa Francisco toma a atitude de fazer um encontro em Assis para discutir a desigualdade, chamando milhares de jovens para debater a nova economia do mundo, eu acho que é uma decisão alentadora do Papa, que toca num assunto vital para o futuro dos trabalhadores do mundo inteiro”, disse Lula.
Sobre a figura do Pontífice , o ex-presidente disse que, “na idade dele, com 84 anos, ele quer fazer coisas que sejam irreversíveis, coisas que fiquem para sempre no seio da sociedade e alimentar a juventude a discutir os problemas da economia do mundo”.
Segundo o ex-presidente, discutir os problemas da realidade e da economia é uma necessidade e “deve servir de exemplo para o movimento sindical, para outras igrejas, para os partidos políticos no mundo inteiro.”
Para Lula, o Papa cumpre papel importante para encontrar soluções e possíveis saídas para esses momentos de crise e instabilidade internacional. “Se todo ser humano tiver a força, a disposição e a garra que ele tem de levantar temas instigantes para o debate, eu acho que a gente pode encontrar soluções mais fáceis”, apontou.
Agenda de Lula na Itália
Lula e Celso Amorim, que o acompanha na comitiva, reuniu com a coordenação do Comitato Italiano Lula Livre e ainda tem mais duas agendas em Roma hoje. Uma é a visita a Fondazione Basso aonde encontrará o jurista Luigi Ferrajoli e o Encontro com sindicalistas, movimentos sociais e partidos na sede da CGIL.
Agenda de Papa vai de documento “Querida Amazônia” a encontro bispos brasileiros
Além desse encontro, o Papa esteve reunido entre os dias 10 e 17 de fevereiro com bispos do Distrito Federal e Goiás.
As reuniões aconteceram em meio à divulgação do documento Querida Amazônia o qual Francisco se opõe à agenda de desmonte da pauta ambiental como a exploração mineral de terras indígenas e a legalização do garimpo.