Edição do ano passado reuniu milhares de mulheres

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de todas as últimas edições da Marcha

Mobilização, organizada a cada quatro anos, reúne trabalhadoras rurais de todo o país. Neste ano, são esperadas aproximadamente 100 mil mulheres

Com o lema “Margaridas na luta por um Brasil com soberania popular, democracia, justiça, igualdade e livre de violência”, Brasília vai receber nos dias 13 e 14 de agosto mais uma edição das Marcha das Margaridas. O evento é a maior ação organizada na América Latina por mulheres do campo, da floresta e das águas.

Mazé Moraes, coordenadora da marcha, destacou ainda a luta pela conservação da sócio-biodiversidade e o combate à violência contra a mulher. “Esses são alguns dos temas importantes, ainda mais nesse momento que vivenciamos em que corremos risco de perder os bens comuns, como a nossa água nossa terra”, disse.

A marcha reúne, a cada quatro anos, trabalhadoras rurais de todo o país nas ruas da capital federal para denunciar retrocessos e reivindicar direitos. Para a edição 2019, são esperadas aproximadamente 100 mil mulheres. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, a “reforma” da Previdência, será um dos principais temas levantados durante a marcha.

A Marcha das Margaridas é realizada desde 2000 e acontece sempre em Brasília, no dia 12 de agosto ou em períodos próximos da data, que marca a morte da trabalhadora rural e líder sindicalista Margarida Maria Alves. Ela foi assassinada em 1983 quando lutava pelos direitos dos trabalhadores na Paraíba. A primeira edição, em 2000, reuniu cerca de 20 mil agricultoras, quilombolas, indígenas, pescadoras e extrativistas.

A edição da Marcha das Margaridas deste ano recebeu pela primeira vez financiamento coletivo para “captar recursos complementares”. Para as militantes de São Paulo, doações estão sendo captadas pela plataforma Benfeitoria. A meta é arrecadar R$ 12.000,00. Já foram coletados R$ 5.730,00. Faltam oito dias para terminar a vaquinha.