Jair Bolsonaro atacou o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, ao dizer que pode “contar a verdade” sobre como o pai dele desapareceu na ditadura militar. “Um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, eu conto pra ele. Ele não vai querer ouvir a verdade”, disse nesta segunda-feira, 29.

Felipe é filho de Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, que participou da Ação Popular Marxista-Leninista (APML), organização contrária ao regime militar (1964-1985). Ele foi preso pelo governo em 1974 e nunca mais foi visto. Em 2012, no livro Memórias de uma Guerra Suja, o ex-delegado do Dops Cláudio Guerra diz que o corpo de Fernando foi incinerado no forno de uma usina de açúcar em Campos (RJ).

Organizador do Memorial da Democracia, museu multimídia dedicado
à luta pela democracia no Brasil que conta a história da luta política em mais de 1.050 episódios distribuídos em 80 anos de história, o Instituto Lula repudiou as declarações do capitão reformado.

Confira:

“Nota em repúdio às declarações do presidente da República

O Instituto Lula, organizador do Memorial da Democracia, se solidariza com as famílias dos mortos, torturados e desaparecidos em toda nossa história, especialmente na ditadura militar.

Lamentamos que o presidente da República, que jurou defender e cumprir a Constituição Federal, a ofenda ao desrespeitar a dignidade da pessoa humana e o respeito à memória dos mortos.

Repudiamos as declarações do presidente da República e seguiremos defendendo a transparência com relação aos crimes da ditadura militar e o direito à memória.

Instituto Lula”

Saiba mais. Leia: https://web.facebook.com/298693343537904/posts/2843228319084381?s=100006462749517&sfns=mo&_rdc=1&_rdr